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segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

DESCAMPADO

Chora o pau-d’arco,
Ô lelê,
Chora o chorão,
O lalá,
E a macacaúba,
Meu deus,
Não há mais,
Não há mais não,
Andirobeira,
Onde tem,
Nem para remédio
Tem mais,
Tanta clareira aqui tem,
Até me dá tédio demais.

Quando a vil motosserra
Descasca a terra
E semeia desgraça,
Não escapa um raminho
Do fogo daninho
Que espanta a caça,
Ainda assim o patrão,
Com seu jeito mandão,
Diz que sente amor,
Pela terra polida,
Amazônia falida,
Que ele plantou.

Nossa madeira se esvai,
Mas o dinheiro não vem,
Por cada tora que sai,
Tanta desgraça provém,
Despedaçando Santana
E nossas vidas também,
Que morre à míngua
E inda sonha
Neste mundo de ninguém.

2 comentários:

  1. Meu grande Poeta Rocha, você é o mais puro e espontâneo em escrever seus versos...ligados a essa Terra dos ribeirinhos, dos pacus, dos pintados...dos tuiuius...das mangas rosas ,e o doce de caju... dos perfumes místicos dessa maravilhosa e amada Terra...amo ler você meu querido e doce amigo! agora finalmente descobri como seguir você...foi um pouco lenta em entender...quando abriu a janela gritei ""Aleluia""beijos Mató- (Maria Pia Tedesco)

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