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segunda-feira, 25 de outubro de 2010

MUTAÇÃO

Cai à noite
E a lua entra em desespero,
Quando um sono mais forte
Abraça e te leva para a cama,
Entre cardumes de sonhos
Entrega-te ao ninar.

Meia a noite
E a lua é uma pilha só,
Chispando seus raios, prateados,
Impõe-se de penetra
E te encontra excitada
Nos braços de um sonho tão lindo.

Finda a noite
E a lua orvalha tristezas,
Sozinha e entregue à loucura, se desespera,
Imaginando que acordarás para o sol,
E encontrarás a relva ainda molhada
Pelos prantos, do ciúme desta paixão ignota.

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