Cai à noite
E a lua entra em desespero,
Quando um sono mais forte
Abraça e te leva para a cama,
Entre cardumes de sonhos
Entrega-te ao ninar.
Meia a noite
E a lua é uma pilha só,
Chispando seus raios, prateados,
Impõe-se de penetra
E te encontra excitada
Nos braços de um sonho tão lindo.
Finda a noite
E a lua orvalha tristezas,
Sozinha e entregue à loucura, se desespera,
Imaginando que acordarás para o sol,
E encontrarás a relva ainda molhada
Pelos prantos, do ciúme desta paixão ignota.
Este cantinho é um local de encontro de todos os amigos do Poeta Rocha Filho, para degustação de leitura e troca de idéias sobre as suas poesias preferidas.
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segunda-feira, 25 de outubro de 2010
OBSTINAÇÃO
Embrenho-me na Ubaldo à noite
Em busca de coisas novas,
A fim de libertar-me deste tédio,
Que teima em incomodar-me,
Mas só encontro negrume,
Às vezes, de quando em quando,
Um ponto ou outro de luz,
De um pirilampo solitário,
Ou de um cigarro viciado,
Que passa de boca em boca,
A fim de todos ali se ligar.
Outras vezes, um gemido discreto,
Assim, de um casal apaixonado,
Ou mesmo um amor comprado,
Na beira, para ver o prazer chegar,
Após o violento galope que não vi
E nem quero ver, nunca mais,
Só quero continuar procurando,
Na Praça Cívica, não sei nem o que?
E já nem sei mais o que há por aqui,
Mas se vejo um brilho metálico,
Volto sobre os passos mal dados,
Temeroso demais de morrer,
Assim volto à boca da noite,
Com a certeza de não me encontrar,
Mas continuo pedindo à Santana,
Algo assim:
Abraça-me ó lua
Com teus raios prateados,
Faz de meu peito um criado
Para servir a teu luar!
Em busca de coisas novas,
A fim de libertar-me deste tédio,
Que teima em incomodar-me,
Mas só encontro negrume,
Às vezes, de quando em quando,
Um ponto ou outro de luz,
De um pirilampo solitário,
Ou de um cigarro viciado,
Que passa de boca em boca,
A fim de todos ali se ligar.
Outras vezes, um gemido discreto,
Assim, de um casal apaixonado,
Ou mesmo um amor comprado,
Na beira, para ver o prazer chegar,
Após o violento galope que não vi
E nem quero ver, nunca mais,
Só quero continuar procurando,
Na Praça Cívica, não sei nem o que?
E já nem sei mais o que há por aqui,
Mas se vejo um brilho metálico,
Volto sobre os passos mal dados,
Temeroso demais de morrer,
Assim volto à boca da noite,
Com a certeza de não me encontrar,
Mas continuo pedindo à Santana,
Algo assim:
Abraça-me ó lua
Com teus raios prateados,
Faz de meu peito um criado
Para servir a teu luar!
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