Dança a irreverente folha ao vento,
Num estranho e lindo ritual,
Qual coreografada a mãos divinas,
Brilha a esbelta ninfa da Amazônia,
Sangram os olhos negros de iuacá,
Borbotões, cascatas de sabor,
Chamam ao paladar filhos da terra,
Eçabara, cainã te encontrou!
Um jamaxi caiuá da folha fez,
Para a carga leve mais ficar,
Durante a caminhada ainda desfruta
Do bom gosto das frutas que colheu,
Ao palmito tupã, por que te matam?
Se tão menor porção nos pode dar!
Katiba a ceuci entrega a alma,
Ao ver sahy nos olhos de baíra.
Açaí, bem sei, açaizeiros,
Igapó, tijuco é teu lugar,
Tuas folhas guardam o guahytí
Aonde a majuí vem descansar,
O tucano tem comida farta,
O sabiá deleita-se ao prazer,
É meu prazer também beber teu vinho,
Provar uma vez, nunca parar mais,
É néctar dos deuses qual tupã,
Ibiacy jamais deixa faltar,
Miraíra adoça-me o manjar,
No alguidá, o sangue do Amapá.
Este cantinho é um local de encontro de todos os amigos do Poeta Rocha Filho, para degustação de leitura e troca de idéias sobre as suas poesias preferidas.
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sábado, 21 de agosto de 2010
AS SOMBRAS SÃO
A Amazônia tem seus encantos,
Suas lendas e seus mistérios,
Que protegem e assombram a floresta,
Que nos causam arrepios
E muitos, só de pensar,
Assim é nossa mata, ou quase mata!
E o medo? Vem do nada, vem do tudo,
Da sombra de um anhingal,
Quem sabe de um aturiazal,
Ou mesmo de um açaizal!
Donde de repente ecoa um grito,
Um longo assovio, estridente,
Seria uma gargalhada macabra?
Nem se sabe o que se entende,
Mas sabem sim, os seres da floresta.
Que as sombras recriam a luz
Num resplendor de assombrações,
Que trazem o pavor, aos olhos,
No descerrar de nossas visões,
Levando-nos assim, do encantado, quem sabe?
Para os domínios de tupã.
Suas lendas e seus mistérios,
Que protegem e assombram a floresta,
Que nos causam arrepios
E muitos, só de pensar,
Assim é nossa mata, ou quase mata!
E o medo? Vem do nada, vem do tudo,
Da sombra de um anhingal,
Quem sabe de um aturiazal,
Ou mesmo de um açaizal!
Donde de repente ecoa um grito,
Um longo assovio, estridente,
Seria uma gargalhada macabra?
Nem se sabe o que se entende,
Mas sabem sim, os seres da floresta.
Que as sombras recriam a luz
Num resplendor de assombrações,
Que trazem o pavor, aos olhos,
No descerrar de nossas visões,
Levando-nos assim, do encantado, quem sabe?
Para os domínios de tupã.
sexta-feira, 13 de agosto de 2010
TREJEITO
Tanto à que desfila ante meus olhos,
Com tal elegância, a vi voar,
Geometricada o afã só traz-me,
Qual que desenhada ao meu prazer,
Ser seqüenciada ao que me dizem,
Como se não soubesse o que fazer
E bem antes que o degelo a contamine,
Chega-me um sorriso a ovacionar,
Cobre-me com um olhar feito trapézio,
Vendo-a me sorrir, Faz-me sonhar,
Mesmo que este canto só me encante,
Busco-me num mar que se afogou,
Roubo-me ao seu meu pensamento,
Sinto à que me possa respirar,
Sou tão mais eu, sim, neste momento,
Ser você? Quem me dera possa ter.
Com tal elegância, a vi voar,
Geometricada o afã só traz-me,
Qual que desenhada ao meu prazer,
Ser seqüenciada ao que me dizem,
Como se não soubesse o que fazer
E bem antes que o degelo a contamine,
Chega-me um sorriso a ovacionar,
Cobre-me com um olhar feito trapézio,
Vendo-a me sorrir, Faz-me sonhar,
Mesmo que este canto só me encante,
Busco-me num mar que se afogou,
Roubo-me ao seu meu pensamento,
Sinto à que me possa respirar,
Sou tão mais eu, sim, neste momento,
Ser você? Quem me dera possa ter.
ENCANTO
Tinjo o céu em tons diversos,
Na poesia que me aconchega,
No recompor da prosa aos versos,
Numa alvorada, doutro amanhecer.
Qual desenhar um canto enluarado,
Às redondilhas irrompem a dó maior,
Massificando aquele amor só nosso
Num dedilhar de acordes incidentais.
Meu amor, tu sabes que me encanto,
Aos beijos, vejo em ti meu sol nascer,
E me dedico todo ao gorjeio do prazer.
Deliciando-me aos tantos teus carinhos,
Há todo canto sinto-me ao teu ninho,
E agradeço sempre a Deus, teu existir.
Na poesia que me aconchega,
No recompor da prosa aos versos,
Numa alvorada, doutro amanhecer.
Qual desenhar um canto enluarado,
Às redondilhas irrompem a dó maior,
Massificando aquele amor só nosso
Num dedilhar de acordes incidentais.
Meu amor, tu sabes que me encanto,
Aos beijos, vejo em ti meu sol nascer,
E me dedico todo ao gorjeio do prazer.
Deliciando-me aos tantos teus carinhos,
Há todo canto sinto-me ao teu ninho,
E agradeço sempre a Deus, teu existir.
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